Popularmente conhecidos como mosquitos, pernilongos ou muriçocas, são insetos que compõem um grupo com cerca de 3.500 espécies, são adaptados aos mais diversos ambientes, desde altitudes acima de 3.000 metros, em florestas às áreas urbanizadas. Muitos mosquitos são transmissores de doenças ao homem e a outros vertebrados e são atraídos por calor, por CO2 e ácido láctico que são liberados nos ambientes.
O incômodo e o desconforto não são os únicos inconvenientes causados pela presença e a atividade dos mosquitos. O papel destes insetos na transmissão de inúmeras doenças como filariose, malária, dengue, zika, chikungunya, febre amarela, leishmaniose e as encefalites é uma preocupação muito mais séria. A capacidade de reprodução e a facilidade de dispersão dos mosquitos são características essenciais e fundamentais para a ocorrência de epidemias destas doenças.
A água é fator essencial para o seu desenvolvimento, sendo que qualquer porção de água, doce, com pouco sal, limpa ou poluída, em grandes ou pequenos reservatórios, em buracos, em árvores, em plantas aquáticas e ornamentais, ou em quaisquer depressões é suficiente para ser utilizada por eles.
Mosquitos adultos podem viver por mais de dois meses e as principais espécies de importância sanitária são os anofelinos transmissores da malária humana e os culicídeos (maior subfamília com 34 gêneros e cerca de 3.500 espécies). Do gênero Aedes, as espécies A. aegypti, A. albopictus e A scapularis são responsáveis pela transmissão da dengue e febre amarela urbana e encefalites. O A. aegypti atualmente é responsável pela transmissão da febre chikungunya e o zika.
Locais onde comumente encontramos A. aegypti:
» Recipientes que acumulam água sem vedação;
» Abrigos de animais domésticos
» Ralos sem os devidos cuidados
» Áreas de Jardins;
» Pomares;
» Quintais;
» Piscinas;
» Subsolos e Garagens;
» Locais com acumulo de material em desuso armazenado de forma incorreta;
Medidas para prevenir o aparecimento de mosquitos:
» Elimine abrigos onde houver aquecimento;
» Evitar água parada;
» Quando for necessário o uso de recipientes que acumulam água, lembrar que é importante que semanalmente se esvazie e esfregue as paredes e superfícies internas;
» Lavar com escova os bebedouros de aves e animais e trocar a água pelo menos uma vez por semana;
» Manter totalmente vedadas cisternas, poços, caixas d’água e evitar o uso de outros reservatórios improvisados, tais como, tambores e barris, que impossibilitem total vedação;
» Não acumular pneus, mas se o fizer, guarda-los secos em locais protegidos da chuva;
» Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, e geladeiras não permitindo o acúmulo de água;
» Jogar semanalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados;
» Drenar terrenos onde ocorra formação de poças;
» Não acumular latas e garrafas, mas se o fizer, guarda-las preferencialmente fechadas ou com as aberturas voltadas para baixo, para não acumular água;
» Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno;
» Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento;
» Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagos ou água que não possa ser drenada;
» Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos;
» Manter permanentemente secos subsolos e garagens;
» Manter sempre secos ou cheios de areia os pratos que fiquem embaixo de vasos de plantas;
» Utilizar luz amarela nas áreas externas, ao anoitecer.
Medidas para controlar de mosquitos:
Caso esteja convivendo com estes insetos dentro de sua residência, existem telas e mosquiteiros que ajudam a manter os mosquitos afastados, e tomar medidas preventivas para evitar a presença dos mesmos. Caso o aparecimento de mosquitos seja constante ou em grande quantidade, consulte uma empresa especializada para localizar e controlar a infestação.
Pernilongo comum - Culex sp
Estes insetos medem de 3 a 4 mm de comprimento, apresentam cor marrom sem marcas distintas nas pernas, são mais ativos no fim da tarde e durante a noite e são atraídos pela luz artificial. Fazem um som característico de zumbido quando voam e deixam características marcantes nos locais onde picam: pele vermelha, coceira e calombos.
Dentre as espécies do gênero Culex, a espécie C. quinquefasciatus é a mais importante no meio urbano, por ser o principal transmissor da filariose bancroftiana (elefantíase) e de vírus causadores de encefalites.
É mais frequente nos meses quentes e chuvosos, mas pode ser encontrado durante todo o ano. Para a postura de seus ovos, a fêmea busca locais ricos em matéria orgânica tais como córregos e rios poluídos com esgoto. Deposita seus ovos em conjunto, aspecto que lembra uma “jangada”, que flutua na superfície da água.
Os mosquitos machos alimentam-se de seivas, flores e frutas, bem como as fêmeas que não foram fecundadas, no entanto, elas necessitam de sangue após a fecundação para o desenvolvimento dos ovos.
Aedes aegypti
Maior do que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas, apresentam um desenho branco em forma de lira no dorso do tórax. Esse desenho só é visto sob lupa, mas é um importante indicador para diferenciar o Aedes aegypti do A. albopictus, que apresenta a mesma coloração. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano. É originário do Egito e sua dispersão pelo mundo ocorreu a partir da África.
O Aedes aegypti ficou famoso por ser considerado o vetor da dengue e febre amarela urbana e as mais recentes: febre chikungunya e o zika.
Reproduzem-se em criadouros naturais (buracos em arvores, bromélias, bambu) e em artificiais (reservatórios de água, vasos, utensílios, etc.).
Nestes locais, depositam os ovos, fora da água, na superfície dos recipientes e para remover os ovos é necessário esfregar bem. Se não forem removidos em contato com a água os ovos se abrem em pouco menos de 30 minutos e em no máximo 9 dias a larva dá origem a um novo mosquito.
Os mosquitos machos também se alimentam de seivas, flores e frutas; já as fêmeas, como as do Culex, se alimentam de sangue. As fêmeas de Aedes preferem o sangue humano ao de qualquer outro animal vertebrado.
Atacam de manhã ou ao entardecer e sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Se houver a presença destes insetos em seu imóvel, podem ser usados aerossóis e repelentes registrados pelo Ministério da Saúde, juntamente com barreiras físicas como telas nas janelas e mosquiteiros. Entretanto, se o problema persistir, consulte uma empresa especializada para o controle.